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SUSTENTABILIDADE E ENERGIA



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Mercado de Energia Solar do Brasil Receberá

Impulso com Copa do Mundo


Nos próximos dois anos a geração de energia solar no Brasil deve quadruplicar. O motivo são os novos estádios que estão sendo construídos para a Copa do Mundo de 2014. O dado é do diretor do Grupo Setorial da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Leonidas Andrade, e foi exposto durante o evento O Futuro Solar: Brasil, em São Paulo.
 
Segundo o diretor do Grupo Setorial Abinee, além do Estádio Governador Roberto Santos, conhecido por Pituaçu, que já opera com energia fotolvotaica e é o primeiro da América Latina a dispor da nova tecnologia, outros três, que sediarão a Copa, também deverão contar com o novo sistema de geração. Atualmente, o Brasil gera em rede 1,5 megawatt (MWp)de energia solar, este número deve chegar a 4 ou 5MWp em 2014.  "O Maracanã já está licitado, há ainda a Arena Pernambuco e o Mineirão, que está em processo de licitação. A previsão é que o estádio de Minas esteja pronto pra gerar energia elétrica até junho de 2013", explica Andrade.
 
Essas iniciativas, segundo Andrade, podem ajudar no avanço dessa tecnologia, que hoje ainda é pouco explorada no Brasil. Andrade alega que, em países da Europa e da Ásia, Estados unidos, o avanço dos parques de energia solar é crescente. No Brasil o uso do sistema ainda engatinha.  Para Andrade, apesar de o Brasil ser um país privilegiado para o crescimento do uso desse tipo de geração de nergia - o número de dias ensolarados é bem superior ao da Europa -, os incentivos governamentais para o desenvolvimento desse novo setor ainda são poucos. "Não temos apoio para a indústria se desenvolver. Os parques que existem e em construção importam tecnologia. A exemplo de outras tecnologias, como a eólica, sem claro apoio do governo, haverá dificuldades para que a fotovoltaica possa concorrer em custo com outros sistemas", pondera o dirigente.
 
O diretor da Abinee defende uma ação direta de agentes públicos nas esferas pública e privada. Com subsídios, a demanda por energia solar aumenta e o ganho de escala reduz os preços.  "Nossa matriz energética é muito limpa, mas não podemos esquecer que a necessidade por energia no mundo cresce todos os dias. Por isso, a importância de investir em novas fontes. Hoje, a base de energia eólica está cada vez mais desenvolvida e com bons valores, mas nem sempre foi assim. Acredito que daqui a 7 anos, com o devido investimento, o espaço da energia solar fotovoltaica será igual ou superior ao da eólica de hoje", diz Andrade.
 
Fonte: DiárioNet, setembro de 2012
 

Estimativa Indica 45% de Energia Renovável na Matriz Energética Brasileira até 2021


Projeção é do Plano Decenal de Expansão de Energia, da EPE

Com crescimento estimado de 5,1% ao ano, as fontes renováveis de energia devem passar de 43,1% para 45% da matriz brasileira em 2021. A projeção está no Plano Decenal de Expansão de Energia, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O documento, que fica em consulta pública no Ministério de Minas e Energia até o dia 31 de outubro, traz as metas para adaptação do setor conforme prevê o Decreto 7.390/2010 que regulamenta a Política Nacional sobre Mudança do Clima. De acordo com o presidente interino da EPE, Amilcar Guerreiro, a meta para o setor é não ultrapassar 680 milhões de toneladas de gás carbônico de emissões absolutas em 2020. Para que isso ocorra, foi feito o planejamento de crescimento de cada fonte de energia a longo prazo.

“Para uma parte do horizonte os leilões já estão feitos e estão com uma probabilidade de ocorrência muito alta. Claro que sempre tem a incerteza da demanda. Mas nos primeiros cinco, seis anos, boa parte da oferta já está basicamente definida. Agora, para completar o horizonte de dez anos, aí você tem exatamente o plano e, portanto, tem metas a serem atingidas”. Um dos destaques é o aumento da produção de energia eólica, que hoje não chega a 1.000 megawatts (MW). A meta é chegar a 16 mil MW em 2021. Segundo Guerreiro, uma parte já está leiloada e deve entrar em operação a partir do ano que vem. Outra oferta em ascensão é a das energias derivadas da cana-de-açúcar, tanto o etanol como o bagaço, com crescimento de 8,1% ao ano.

Mesmo com a previsão de aumento da participação do gás natural dos atuais 11% para 15,5% em 2021, devido à exploração na camada pré-sal, o presidente interino da EPE disse que as metas de emissão de gases de efeito estufa no setor energético serão mantidas. De acordo com ele, o mais importante é que as emissões não cresçam em uma proporção maior do que o crescimento da economia do Brasil. “Com a evolução da demanda, com essa estratégia de oferta, você mantém, em 2020, a intensidade de carbono na economia. Quer dizer, você não está emitindo mais gás carbônico por unidade de PIB [Produto Interno Bruto]. A sua economia cresce, mas ela não fica emitindo mais do que proporcionalmente ao aumento da economia”, declarou.

A meta é manter a intensidade de carbono na mesma proporção medida em 2005, ano em que foi feito o segundo inventário brasileiro de emissões de gás carbônico.  O Plano Decenal da EPE prevê crescimento na capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional de 56% até 2021, com destaque para a geração hidrelétrica, com a entrada em operação da Usina de Belo Monte. A malha de transmissão deve chegar a 150,5 quilômetros. 
Guerreiro lembra que o nível de atendimento de energia elétrica atualmente está muito perto de 100% e o crescimento é de 1,5 milhão de ligações residenciais por ano.  No setor de hidrocarbonetos, a produção de petróleo deve saltar de 2 milhões de barris por dia (bpd) para 5,43 milhões até 2021, com a entrada em operação de 90 plataformas de produção. Como a demanda projetada é de 2,89 milhões de bpd, o excedente de 2,54 milhões será destinado à exportação.  A previsão é que a oferta de energia não-renovável cresça 4,7% ao ano, enquanto a de energias renováveis aumente 5,1%. Com isso, será possível suprir a demanda, que deve crescer 4,7% ao ano até 2021. O investimento total estimado para os próximos dez anos é R$ 1 trilhão.

Fonte: Agência Brasil, setembro 2012 

Toda a Demanda de Energia do Planeta Poderia ser Suprida por Turbinas Eólicas


Dois estudos afirmam que tecnologia atual já seria capaz de produzir centenas de trilhões de watts sem causar ou causando pouco impacto ambiental.  Dois novos estudos afirmam que a Terra tem ventos mais do que suficientes para fornecer energia elétrica para todo o planeta sem produzir impacto ambiental significativo. Os cientistas calcularam o potencial teórico de vento pelo mundo e consideraram os efeitos que a instalação de milhões de turbinas provocaria sobre as temperaturas, umidade e circulação atmosférica.

"Energia eólica é segura do ponto de vista climático", disse a professora de geografia Cristina Archer, da Universidade de Delaware, EUA, que participou do estudo Saturation wind power potential and its implications for wind energy (Saturação do potencial dos ventos e suas implicações para a energia eólica), publicado nesta segunda-feira no periódico PNAS, do Instituto Nacional de Ciências dos Estados Unidos.  Segundo a professora, ela e seu colega Mark Jacobson, da Universidade de Stanford, chegaram a essa conclusão ao procurar pelo 'ponto de saturação' da energia eólica no mundo, o ponto em que a instalação de turbinas iria interferir no clima.

Segundo a dupla de cientistas, antes mesmo de atingir o ponto de saturação, as necessidades energéticas da Terra já estariam supridas pelas turbinas já instaladas, que poderiam produzir até 10 vezes a energia consumida atualmente, que chega a 18 trilhões de watts, segundo o estudo.  "Nós não estamos dizendo 'coloquem turbinas em todos os lugares'. Nós mostramos que não há nenhum impedimento fundamental para multiplicar em várias vezes a produção de energia do mundo", disse Mark Jacobson.


Impacto climático

A outra pesquisa, conduzido por cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, também dos Estados Unidos, chega a conclusões semelhantes, embora afirme que a instalação de tantas turbinas poderia causar alguns impactos no clima.  Segundo o estudo Geophysical limits to global wind power (Limites Geofísicos da energia eólica no mundo), que foi publicado no periódico Nature Clima Change, turbinas eólicas conseguiriam produzir pelo menos 400 trilhões de watts (ou 400 TW). Apesar de duvidarem da ausência de impacto ambiental, os cientistas afirmam que eles seriam bem menores do que aqueles causados pela queima de combustíveis fósseis.

Os dois estudos não debatem as implicações econômicas e quanto custaria instalar tantas turbinas.  "Nós olhamos para os limites geofísicos da Terra, mas sabemos que o futuro da energia vai ser determinado por fatores econômicos, técnicos e políticos", disse a cientista Kate Marvel, que participou do último estudo.

Fonte: Veja Online, setembro de 2012

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VEÍCULOS ELÉTRICOS TERÃO POSTOS DE RECARGA RÁPIDA EM SÃO PAULO


Os carros irão abastecer as baterias no máximo em 30 minutos

Até outubro a capital paulista vai passar a contar com pontos de recarga para carros elétricos. Serão instalações preparadas para abastecer as baterias veiculares em, no máximo, 30 minutos. A AES Eletropaulo e a Nissan estão selecionando as concessionárias da marca que vão oferecer o serviço.

Inicialmente o atendimento será exclusivo para taxistas, conforme entendimento conjunto firmado com a prefeitura e sindicato da categoria. Há dois Nissan Leaf circulando atualmente pela cidade. A previsão é que, até o final do ano, dez modelos novos, importados do Japão, estejam disponíveis.

A AES Eletropaulo vai instalar transformadores de 75 kVA em cada um dos pontos de recarga, explica o vice-presidente de Operação da AES Eletropaulo, Sidney Simonaggio. “A carga rápida exige uma corrente altíssima, diferentemente do abastecimento em residências onde serão necessárias cerca de 8 horas."

Nessa fase experimental, informa o executivo, a energia será paga pelo sindicato dos taxistas, até que a Aneel defina o enquadramento desse tipo de fornecimento. Ele prevê que mais adiante os postos de recarga para atendimento ao público em geral terão que ter uma área mais ampla de estacionamento. Uma possibilidade será a substituição da bateria, mas trata-se de uma alternativa ainda cercada de questões de complicada solução.

Fonte: Brasil Energia, agosto de 2012

INTERESSE PELA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEL CRESCE NO BRASIL


Previsão de escassez do petróleo deve fazer com que muitos países criem políticas de incentivo ao uso de fontes renováveis de combustível

O interesse brasileiro pela produção e uso de biocombustíveis vem crescendo nas últimas por causa das previsões de escassez do petróleo.

De acordo com um levantamento feito pela Comissão Europeia de Energia, o petróleo deve acabar em 2047, caso não sejam realizadas mudanças significativas no consumo e nas reservas da matéria-prima.

Segundo o economista da USP/ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo), Leandro Menegon Corder, para o mundo não sofra com a escassez de petróleo, é importante que os governos das principais nações do mundo estão buscando fontes nativas de energia limpas e renováveis.

Brasil

De acordo com Corder, o Brasil detém larga experiência em produção e comercialização de biocombustíveis, principalmente o etanol. "O País teve em sua história um dos maiores programas de produção e utilização de álcool do mundo, o Proálcool. Além disso, esse novo mercado traz vantagens ambientais, sociais e econômicas, embora ainda seja pequeno dentro das possibilidades da introdução de um combustível complementar e substituto da gasolina e do diesel", explica.

O economista revela que o Brasil vem trazendo bons resultados em alguns pontos do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, mas em outros, como meio-ambiente, os resultados ficaram aquém do esperado. "Se o Brasil deseja prosseguir com o Programa do modo como ele foi idealizado, terá de fazer vários pequenos ajustes para adequá-lo à realidade na qual se inseriu”, avalia.

Segundo Corder, o ponto mais urgente é manter as usinas em funcionamento, pois a maioria não é economicamente viável, ao lado dos ajustes nas questões ambientais e da matéria-prima utilizada. “Deve-se também incentivar a pesquisa de biocombustíveis de outras gerações, que trazem maior aproveitamento de resíduos e novas tecnologias para minimizar o efeito sobre cultivos tradicionais", completa.

No mundo

Na pesquisa feita por Corder, viu-se que maioria dos países europeus cumpriu, pelo menos parcialmente, os objetivos das políticas.

Para o economista, o resultado positivo é devido às metas não serem tão difíceis de atingir e também por serem implementadas aos poucos, com metas crescentes, mas discretas. "Pode-se citar Itália e Reino Unido como aqueles que não cumpriram essa diretiva da União Europeia, e Espanha e Alemanha como exemplos que, além de cumprirem o acordo, apresentam metas internas superiores aos indicados pelo parlamento europeu", explica.

O estudo destaca também as políticas alemãs e suecas como casos que afetaram clara e positivamente o mercado. "Percebe-se, nesses dois casos, a inversão da tendência de queda para um crescimento elevado, diferentemente do que se vê em outros países, quando a mudança ocorre um pouco depois desse período", comenta Corder.

Apesar de as políticas terem sido eficientes em vários pontos, ao analisar o cenário atual, Corder concluiu que o setor de biocombustíveis tornou-se um mercado insustentável em vários países. "Os principais programas de incentivo às fontes nativas de energia tiveram início com a alta cotação do petróleo. Agora, com a queda desses preços, o setor passará a depender da muleta governamental para manter-se competitivo", finaliza o economista.

Fonte: InfoMoney, agosto de 2012


MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA CONTRATARÁ ESTUDO PARA SABER LIMITE DA ENERGIA EÓLICA NO BRASIL


Pasta usará recursos do banco mundial; previsão é ter conclusões ainda em 2013

O Ministério de Minas e Energia usará recursos provenientes de um convênio com o Banco Mundial para contratar um estudo que terá como objetivo definir qual é o "limite" para o avanço da geração eólica no País. A iniciativa foi revelada nesta quarta-feira (29/8) pelo secretário de desenvolvimento energético e planejamento da pasta, Altino Ventura Filho.

"Vamos lançar uma licitação em 2013 para contratar um estudo sobre a incorporação da eólica ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Existe um limite de utilização dessa fonte. Não podemos imaginar um sistema atendido 100% por eólica, porque elas geram quando tem vento. Esse número está distante, mas queremos conhecer esse valor", explicou o secretário.
De acordo com Ventura, o programa deve envolver cerca de R$2 milhões do Banco Mundial e a previsão é de que o estudo seja realizado e concluído ao longo de 2013. "Não é algo que leva muito tempo, são estudos de consultoria", apontou.

O secretário explicou que existe essa preocupação até pela concentração dos recursos eólicos do País em algumas regiões, como o Nordeste e o Sul. "Vamos verificar qual a quantidade ideal, dadas as características do sistema brasileiro".

Em 2010, a geração eólica respondia por apenas 0,4% da matriz e o governo previa que esse número saltaria para 4% em 2020. Mas, com o desempenho da fonte nos últimos anos, essa expectativa deve ser revisada para cima.

Ventura disse que há especialistas que defendem que um bom número para a geração eólica seria algo em torno de 10% da matriz, mas lembrou que países como a Dinamarca chegaram aos 25%. O que foi possível devido à utilização de recurso hídricos de sua vizinha, a Noruega, que tem muitas hidrelétricas.

Fonte: Jornal da Energia, agosto de 2012


POUCA CONFIANÇA EM CENTRAIS NUCLEARES


Apesar de rejeição, novos mercados devem somar 95 mil MW ao setor até 2030

A confiança da população em relação a utilização e funcionamento de energia nuclear continua em baixa. Segundo um relatório publicado pela consultoria GlobalData, países como Itália, Alemanha, Suíça e Bélgica têm enfrentado forte pressão popular contra a continuidade das operações de suas centrais termonucleares. Os últimos três, inclusive, anunciaram o fim de suas atividades até 2034.

Apesar disso, muitos países têm crescido no mercado mundial de energia nuclear graças aos recentes avanços no setor. A introdução de reatores mais seguros e eficientes deu um impulso à utilização de energia nuclear em países do Oriente Médio, norte da África e Ásia.
Os reatores mais modernos ajudam a reduzir o consumo de combustível nuclear, além de mitigar situações que poderiam levar a acidentes, como derretimento do núcleo, acúmulo de hidrogênio e vazamento de radiação das estruturas de contenção.

Mesmo com essas melhorias, a opinião pública continua “antinuclear”. O Japão tinha planos para construir mais 14 reatores até 2030 mas, devido à forte reação negativa do público após o acidente em Fukushima, no ano passado, o governo japonês foi forçado a rever seus planos.

Apesar da opinião pública contrária, o relatório da GlobalData prevê que países emergentes no mercado nuclear irão somar mais 95 mil MW a capacidade instalada do setor até 2030.

Fonte: Brasil Energia, agosto de 2012


REVOLUÇÃO ENERGÉTICA É A APOSTA ALEMÃ


A Alemanha está perseguindo um cenário energético sem usinas nucleares e com mais energias renováveis. Na primeira metade deste ano, vento, sol, água e até lixo responderam por 25% da matriz elétrica alemã. A maior economia da Europa, com mais de 80 milhões de habitantes, indústria competitiva e invernos rigorosos, aposta em uma revolução energética sem precedentes e parece estar tendo sucesso.

Em maio, durante o feriado de Pentecostes, a energia solar supriu um terço da demanda por eletricidade do país. "Foi um sábado ensolarado e era feriado, muita gente estava fora de casa e o consumo de energia foi menor", relativiza Katharina Umpfenbach, especialista em políticas de energias renováveis do Ecologic Institute, um think tank alemão de pesquisas ambientais. "Mas é um indicador forte que vamos chegar lá."

"Lá" é um lugar onde se produz muita energia a partir de aerogeradores e placas de energia solar, algumas hidrelétricas e biomassa. Neste caminho de muitos desafios há dois bem grandes: como eliminar a energia nuclear sem emitir mais CO2 e como produzir energia no inverno, quando não há sol, o frio é intenso, os dias são curtos e escuros e o consumo energético é muito maior.

De fato, no começo de fevereiro, o mês tradicionalmente mais frio na Alemanha, o país arriscou sofrer um blecaute. Com oito de suas 17 usinas nucleares fechadas logo depois do desastre nuclear de Fukushima, no Japão, o cenário se complicou com o frio afetando as entregas de gás da Rússia. Além disso, a maioria das nucleares fechadas ficavam no Sul, onde estão os centros industriais - distantes, por sua vez, das eólicas do Norte e das usinas de gás e carvão, reportou à época o "Financial Times". Sem reservas energéticas e com a demanda mais forte pelo inverno, a logística ficou difícil.

Por outro lado, a solução renovável que o país busca para substituir seus cerca de 20 gigawatts de capacidade de geração nuclear - com 8 gigawatts já desativados - é uma trilha de êxitos no verão. A fatia de energias alternativas na matriz alemã vem crescendo. Segundo a BDEW, a associação da indústria de energia e operadores de rede, a Alemanha bateu recordes na produção de energias verdes no primeiro semestre de 2012 - 67,9 bilhões de quilowatts-hora e um crescimento de quase 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Eólica é de longe a nova fonte mais importante (9,2% de participação dentro das renováveis), seguida de biomassa (5,7%) e solar (5,3% com painéis fotovoltaicos) que é a energia que mais cresce e superou a hidrelétrica (4,0%) no suprimento da demanda. A meta alemã para produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis é de 35% em 2050. "Mas do jeito que está agora parece que vamos conseguir atingir este objetivo antes", comemora a cientista política Katharina Umpfenbach.

"Neste momento, temos cerca de 25% de energia renovável e algumas vezes, quando há muito vento e sol, temos mais energia do que precisamos. Por outro lado, quando não há vento e sol, temos que comprar energia", disse o ministro de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Dirk Niebel, durante a Rio+20, segundo relato do repórter Rodrigo Polito. A energia nuclear responde por 28% da matriz energética alemã. Niebel garantiu que as centrais nucleares que serão desativadas até 2022 serão substituídas por parques eólicos, hidrelétricas e painéis solares. "Vamos substituir por essas fontes", disse.

Esta mudança de rota, de menos nucleares e mais sol, vento e biomassa, é prioridade no governo de Angela Merkel. Não foi assim no começo de sua gestão, quando ela apoiava a energia nuclear com entusiasmo e reviu a decisão do governo anterior - uma coalizão entre verdes e sociais democratas que queria o fim das usinas nucleares na Alemanha até 2020. Merkel afirmava que energia nuclear era uma "ponte necessária" para um futuro com mais renováveis, e que a Alemanha continuaria assim por mais tempo. A decisão foi bastante impopular e só piorou com as grandes manifestações do pós-Fukushima. A premiê teve que voltar atrás, fechar logo oito usinas e decidir pelo fim da energia nuclear na Alemanha até 2022.

A liderança alemã na tecnologia verde de geração de energia começou há duas décadas, com a política de estímulo às renováveis conhecida por feed-in-tariffs, a FIT. Por este mecanismo, fornecedores de energia renováveis na rede trabalham com garantia de preço por 20 anos. Qualquer alemão, desde 1991, poderia instalar placas de energia solar no teto de sua casa e jogar energia na rede - e conseguir um preço melhor por isso do que aquele que paga ao consumir eletricidade. Os operadores do sistema, por seu turno, teriam que adquirir preferencialmente a energia renovável produzida.

"Este sistema foi crucial porque estimulou a instalação de usinas solares e eólicas e promoveu a produção de energia renovável na Alemanha", analisa Martin Kaiser, especialista em clima e florestas do Greenpeace alemão. Neste sistema, cada energia renovável tem preço diferenciado, mas quem produz energia solar, eólica ou de biomassa sempre tem vantagem sobre as energias tradicionais. Kaiser dá um exemplo: o preço médio do kWh é 20 centavos, mas quem joga energia eólica na rede ganha 24 centavos por kWh. "A previsão é que as energias renováveis, particularmente solar e eólica, possam substituir as usinas nucleares que ainda estão conectadas à rede, mas que serão todas substituídas em 2022", diz o ambientalista. "Não é ficção científica."

Segundo um relatório recente do Pnuma, o braço ambiental das Nações Unidas, em 2011 havia 73 países no mundo que implementaram metas nacionais para ampliar a participação das energias renováveis em sua matriz elétrica. A chamada feed-in tariff é a política pública mais frequente para estimular o uso maior de renováveis. Em 2011, mais de 50 países tinha implantado algum tipo de FIT, sendo mais da metade nações em desenvolvimento, mostra o estudo.

A Alemanha tem várias metas que mudarão seu padrão energético em 2020 e até 2050. Uma das principais estabelece que a participação das energias renováveis deva ser de 35% na produção de eletricidade em 8 anos e de 80% em 2050. Eficiência energética é um dos pilares desta equação, e a que está tendo pior performance. "A tarifa feed in é muito popular porque garante o retorno do investimento", explica Katharina Umpfenbach. "As pessoas investiram em solar, eólica e em biogás. Muito mais difícil é ter gente investindo em eficiência energética. Parece ser menos sexy."

"A forma mais limpa de energia é aquela que ainda não foi usada", disse Christian Noll, CEO da Iniciativa Alemã para Eficiência Energética (DENEFF), em uma palestra recente. Na avaliação da entidade faltam políticas públicas que animem as pessoas a reformarem o sistema de isolamento térmico de suas residências, por exemplo.

Uma das grandes discussões do setor energético alemão neste momento é quem irá pagar pela modernização que tem que ser feita na rede. Energia é cara na Alemanha e uma das questões é qual o impacto que todos estes movimentos terão na indústria. Novas redes de alta voltagem terão que trazer a energia dos grandes parques eólicos do Norte para os centros consumidores do Sul e do Oeste. A rede também tem que ter qualidade técnica, o que não é nada fácil quando as condições de sol e vento são imprevisíveis e não se tem ideia da decisão de muitos pequenos investidores. Para que o sistema funcione e seja barato, a Alemanha terá que contar com vizinhos europeus, como Áustria e Suíça. A "revolução energética" que Angela Merkel prometeu há mais de um ano tem vários orçamentos - todos altos - e atrasos na implementação.

O maior dilema futuro, quando o país estiver perto de atingir 80% de renováveis em sua matriz elétrica, será como conseguir estocar energia. "Um dia podemos ter mais eletricidade do que iremos usar, e no outro, não ter o suficiente. Teremos que ter uma espécie de 'back up' energético", diz Katharina Umpfenbach. Uma das opções em discussão são baterias, mas é muito cara. A outra tem logística geográfica: estocar água em lagos situados em pontos altos dos Alpes, bombeando água para cima quando houver abundância de energia solar e jogá-la montanha abaixo, movimentando turbinas, no inverno.

Uma terceira ideia é uma equação química que prevê gerar energia a partir da produção de metano sintético e transformando-o em hidrogênio - e assim, alimentando carros, por exemplo. Mas ainda se perde muita energia nesta conversão. Os pesquisadores apostam que o futuro será um balaio de opções e que não há bala de prata.

Há um tópico na revolução energética alemã que os especialistas não gostam de comentar: como o país irá cumprir a meta de emitir menos gases-estufa em 2020 e nas próximas décadas se sua matriz energética continua fortemente baseada em carvão e se colocou prazo de validade à energia nuclear. "Ninguém gosta de falar muito nisso", reconhece a especialista Katharina Umpfenbach. "Estamos fazendo muitos progressos, mas o problema é que as metas e objetivos preveem tudo ao mesmo tempo."

Fonte: Valor Econômico, agosto de 2012.
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Choque de Realidade Impacta Petroleiras Brasileiras


Reportagem do Wall Street Journal afirma que as petroleiras brasileiras atravessam um momento onde "A euforia sucumbiu à realidade".     O Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura Adriano Pires, descreve o momento "como se a bolha que começou a se encher em 2007 com a propaganda em torno do pré-sal estivesse murchando agora".   Ele diz ainda que existe uma crise de imagem das empresas que seria muito mais um reflexo do que se prometeu lá atrás do que dos resultados em si, uma vez que tradicioanlmente essa é uma indústria de risco altíssimo.  "Portanto é natural que haja frustrações no período exploratório", declarou Pires.  Isso não poderia ser ignorado no planejamento estratégico de negócios do petróleo.

As empresas que atuam no ramo petroleiro brasileiro, especialmente as mais recentemente criadas, vem nos últimos anos acumulando consideráveis perdas na bolsa, uma evidência de punição do mercado às promessas não cumpridas.  O choque de realidade com os resultados efetivos dos esforços de produção está exigindo uma revisão de planos, agora com o objetivo de retomar a confiança do mercado, evitando promessas e estabelecendo metas compatíveis com elevados riscos que envolvem as atividades de exploração e produção de petróleo.

Fonte:  O Estado de S. Paulo, julho 2012


Gás Natural

A Procura Mundial Aumenta 1,4% ao ano até 2030


A procura mundial por gás natural vai aumentar 1,4% ao ano até 2030, prevê a International Gas Union (IGU) que explica este crescimento com as vantagens ambientais do gás natural e os custos elevados de outras fontes energéticas.

"A situação ambiental do Planeta obriga à utilização de energias mais limpas e eficientes e a conjuntura económico-financeira obriga a uma solução de baixo custo a médio e longo prazo. O gás natural é a única fonte energética que responde a este duplo desafio, é do ponto de vista ambiental muito mais favorável que o petróleo e o carvão e é um parceiro incontornável das energias renováveis”, disse o secretário-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Gás Natural (AGN), António Pires.

Este responsável lembra que “após o acidente de Fukushima foi o gás natural quem deu reposta às necessidades energéticas do Japão. É um exemplo limite, mas que se repete noutros países, que estão a adotar políticas que aumentem a quota do gás natural".

Além disso, o gás natural é considerado a fonte de energia que melhor resposta dará ao aumento da procura de energia que se prevê para os próximos anos. De acordo com a AGN, esta deverá crescer à medida que aumenta a classe média nos países emergentes e as estimativas apontam para três mil milhões de pessoas na chamada classe média mundial em 2030.  Em Portugal, a tendência é a oposta. O consumo de gás natural tem vindo a cair porque os preços têm estado mais elevados que os do carvão e só para a produção de eletricidade, a quebra foi de 20,3% em abril, segundo dados da Direção Geral de Energia.
 
Fonte: Dinheiro Vivo (PT), julho 2012



Angra 3

Deve Entrar em Operação Apenas em Julho de 2016


Dificuldade na licitação da montagem eletromecânica, que deve ser iniciada em dezembro, e no licenciamento contribuíram para o atraso.  A usina nuclear de Angra 3 (1.405 MW) entrará em operação com sete meses de atraso, em julho de 2016. O atraso se deve em parte ao processo de licitação para a montagem eletromecânica da usina, que foi interrompido devido a um recurso movido pelo consórcio Construcap-Orteng, desclassificado, no Tribunal de Contas da União. Concorrem ao contrato os consórcios formados por Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Correa e UTC (UNA 3) e outro composto por EBE, Techint e Queiroz Galvão (Angra 3).

De acordo com a publicação no Diário Oficial da União do dia 25 de junho, o consórcio Angra 3 obteve as melhores notas técnicas finais tanto o pacote 1 (822,50) e o 2 da licitação (841,25). Contudo, a diferença para o UNA 3 é pequena, que teve 817,50 e 836,25, respectivamente. O processo segue em análise pelo TCU. O prazo previsto anteriormente para o início da montagem era em maio deste ano. Com o atraso, a previsão é que a montagem comece em dezembro.

A assessoria de imprensa da Eletronuclear afirmou, no entanto, que o atraso não foi causado apenas pela questão da licitação da montagem eletromecânica. Segundo a companhia, uma série de fatores teriam influenciado, entre elas os processos de licenciamento.

Fonte: Canal Energia, julho 2012



Energia Eólica

Chega a 20 anos de Brasil como a

Fonte com Maior Crescimento na Matriz Energética


Primeiro aerogerador foi instalado no Pais em 1992, hoje são aproximadamente mil equipamentos em 71 parques de ventos em todo o País , mil aerogeradores por ano. Esse é o ritmo de crescimento prometido pelos parques eólicos no Brasil nos próximos três anos. Essa fonte de energia comemora 20 anos em 2012 como a de maior crescimento no País, com investimentos estimados em R$ 50 bilhões. O 3º Brazil Windpower comemora a data realizando o maior evento do setor da América Latina, trazendo 170 empresas para mostrar as últimas inovações em um dos mercados mais promissores do mundo.

O primeiro aerogerador foi instalado no Brasil na ilha de Fernando de Noronha em 1992. Desde então, mil equipamentos foram instalados em 71 parques eólicos no País. O campeão no uso dessa matriz no sistema elétrico é o estado do Ceará, mas estima-se que o Rio Grande do Norte assumirá a liderança em 2014, com 40 usinas que deverão entrar em funcionamento.

A melhor notícia é a formação de uma indústria com a cadeia de fornecimento completa, estimulada pela obrigatoriedade de 60% de índice de nacionalização dos aerogeradores que quiserem obter financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao todo, são 12 mil empregos gerados na área, que podem aumentar nos próximos anos.

O Brazil Windpower é uma promoção da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), do GWEC (Conselho Mundial de Energia Eólica, com sede em Bruxelas) e do Grupo CanalEnergia. O evento está inserido na agenda anual de eventos de energia eólica e tem o apoio da AWEA (Associação Americana), EWEA (Associação Europeia), dentre outros. 

VER MAIS:

Fonte: Portal Fator Brasil, julho 2012


Biocombustíveis Derivados de Alga

Nova Fonte Alternativa de Energia


A nova fonte poderá atender à demanda global por energia. Tão importante quanto descobrir fontes alternativas é avançar em eficiência energética por meio das redes inteligentes, que, segundo o especialista do IEEE Cyro Boccuzzi.

Enquanto os turistas evitam pisar em algas nas praias, membros especialistas do IEEE - associação técnico-profissional - identificaram esse simples organismo autotrófico como a mais promissora fonte sustentável capaz de atender à crescente demanda global por energia. Além disso, membros do IEEE também estão conduzindo avanços significativos em tecnologias mais consolidadas, incluindo energia eólica e redes inteligentes, para fornecer energia confiável e sustentável ao redor do mundo.
 
De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, o uso global de energia irá crescer 53% até 2035. Essa projeção intensificou a demanda por inovação em energia sustentável, tanto de fontes convencionais como alternativas.


Cultivo de Microalgas

 

Algas como Fonte Alternativa


Os biocombustíveis derivados de alga constituem uma fonte alternativa e robusta de energia, oferecendo uma opção sustentável para a produção de petróleo, querosene de aviação e gases de aviação. O uso de algas é vantajoso devido à sua concentração extremamente elevada. “Um acre de milho pode ser usado para gerar 300 galões de etanol por ano, enquanto um acre de alga pode produzir de 6 a 10 mil galões de etanol por ano”, disse William Kassebaum, Membro Sênior do IEEE e CEO da Algaeon Inc..  Além da sua capacidade de produzir energia, as algas constituem uma densa fonte de proteínas que pode ser usada na produção de ração animal, de cosméticos e alimentos nutritivos. “Algas podem produzir proteínas 200 vezes mais densas que a soja”, acrescenta Kassebaum. “As numerosas aplicações inovadoras para algas já estão impactando nossas vidas, mas a alga para uso em biocombustíveis ainda é limitada, devido à disponibilidade de capital para expandir a indústria”.


A Força do Vento

 
O custo é, frequentemente, um obstáculo importante para adoção generalizada da maioria das fontes renováveis. Entretanto, “o custo da energia oriunda de fontes eólicas onshore está diminuindo em relação à produção de combustíveis fósseis convencionais, tornando a energia eólica uma atraente fonte de energia sem queima de carbono”, disse Peter Tavner, Membro Sênior do IEEE sediado no Reino Unido e Presidente da Academia Europeia de Energia Eólica. “Assim, entre as fontes de energia existentes, a capacidade de geração da energia eólica é a mais substancial e comprovada”.
 
Nos últimos 10 anos, turbinas de vento individuais aumentaram sua capacidade de produção de 500 kW para mais de 5MW, sem que houvesse aumento significativo de custo. Essas unidades maiores estão possibilitando o desenvolvimento de fazendas eólicas em diversos locais ao redor do mundo, incluindo a região centro-oeste dos EUA, o nordeste e o noroeste da China, o alto-mar do noroeste europeu e o mar da China Oriental. Esses desenvolvimentos têm sido, frequentemente, limitados pelos altos custos de instalação e conexão com a rede principal de energia, o que tem sido compensado por economias de escala e pelo aumento da disponibilidade de recursos.
 
"A capacidade total instalada de geração de energia eólica é de 94 GW, que é suficiente para suprir 6,3 % de toda a demanda por eletricidade da União Europeia e representa 21,4% da capacidade instalada de novas fontes de energia”, completou Tavner.


Inteligente em Relação às Redes Inteligentes


O panorama de sistemas elétricos está mudando, com muitas soluções inspiradoras sendo desenvolvidas para enfrentar os desafios associados à disponibilidade de fontes de energia renováveis, demandas energéticas e metas de energia limpa. As redes inteligentes (smart grids), que incorporam tecnologias da informação e comunicação às soluções de sistemas de engenharia elétrica, estão fomentando uma revolução no modo como a energia é gerada, transmitida e consumida, com grandes benefícios ambientais.

A configuração da atual rede elétrica está evoluindo rapidamente, com mais ênfase sendo dada à flexibilidade do consumo. “Há uma tendência de se utilizar usinas de energia menores e mais localizadas, ao invés de usinas imensas e remotas”, disse Cyro Boccuzzi, Membro Sênior do IEEE e Vice-Presidente Executivo da concessionária brasileira de energia Enersul. “As redes inteligentes também permitem que diversas usinas menores de energia sejam instaladas próximas aos consumidores, favorecendo assim o imediato atendimento às suas demandas”.

Fonte: Último Instante, julho 2012




Brasil Terá 1ª Usina de Biodiesel de Algas Marinhas em 2013


Uma usina de biocombustível à base de algas marinhas será construída no Brasil no final de 2013. A primeira "fazenda de algas" será instalada em Pernambuco, em uma plantação de cana-de-açúcar que produz etanol.
 
O projeto vai custar US$ 9,8 milhões (aproximadamente R$ 20 milhões) e produzir anualmente 1,2 milhão de litros de biodiesel de algas.  A usina vai utilizar CO2 retirado das chaminés da indústria que processa a cana-de-açúcar e reduzindo as emissões do gás para o meio ambiente.

Algas Marinhas, Nova Opção para Biocombustíveis
 
"O CO2 acelera o processo de fotossíntese das algas, que têm um forte componente oleoso que produz e gera o combustível", diz Rafael Bianchini, diretor da subsidiária brasileira da empresa austríaca SAT, que desenvolveu o projeto.  Ele diz que o objetivo é aproveitar a grande emissão de carbono desperdiçado na produção de etanol de cana e "transformar o CO2 das indústrias de um passivo em um ativo".

"Para cada litro de etanol produzido, é liberado um quilo de gás carbônico para o ambiente. Vamos aproveitar este CO2 por meio de um mecanismo para alimentar a nossa fazenda", diz. Serão usados 5% das emissões da usina de cana na primeira etapa do processo.  "Nossa missão é tentar chegar a zero carbono [capturar 100% da emissão de CO2]", disse ao jornal "O Globo" Carlos Beltrão, presidente do grupo JB, que comprou a primeira usina de algas.

Bianchini diz que o combustível de algas aguarda a autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo).  O Brasil é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Fonte: France Presse, julho 2012


O sucesso de um empreendimento tecnológico está associado ao respeito aos fatores humanos, ambientais, econômicos e sociais que estão sob sua influência. Bons valores estabelecem a boa Cultura de Segurança !